Como é ser mãe e trabalhar? Será que engravido ou sigo minha
carreira? Agora que me formei, vou casar e ter filhos... será? E a crise...
agora não é o momento... motivada por estes e outros questionamentos de amigas,
colegas e familiares venho hoje, dia das mães falar um pouco sobre este dilema.
Por alguns anos também foi para mim. Eu pensava...Estou iniciando minha
carreira, não posso engravidar. Ainda sou jovem na minha carreira, não posso
engravidar. Mas e se eu não tiver dinheiro o suficiente? E realmente continuo
acreditando que sem planejamento tanto da vida pessoal quanto profissional, gestar
e ser mãe não é uma decisão assertiva. Mesmo quando há o planejamento nem tudo
sai conforme o projeto mentalizado, é necessário flexibilidade e doses extras
de energia para conciliar vida pessoal, conjugal, maternidade e profissão,
posso afirmar que é um verdadeiro malabarismo.
Ser mãe é sinônimo de frear a vida profissional?
Sim, por um determinado momento principalmente. Pois para
que possas acompanhar a sua gravidez com a atenção necessária e de fato
curtí-la como deveria é importante colocar o pé no freio. Falo isso especialmente
para os casos de gestão, profissional liberal em que como eu dono do seu
próprio negócio... não tem hora de começar e terminar a jornada de trabalho,
caso tenha... algo está errado. Durante
a gestação precisamos estar preparados para tudo e para qualquer mudança
emergencial na rota, pois perdemos o controle. Perdemos? Sim... não sabemos e
não temos consciência das possíveis complicações, pois idealizamos e
fantasiamos a perfeição... e perfeição não existe. Então desde o início vai
requerer flexibilidade. Não se considera flexível? Então desenvolva se caso ser
mãe está em seus planos.
Então Sabrina você quer dizer que precisarei parar de
trabalhar?
Não. Muito pelo contrário, você vai continuar trabalhando e
fazendo suas atividades normalmente e conforme suas orientações médicas até que
o trabalho de parto te permitir. Mas é fundamental que tenhas te organizado
para que pessoas assumam algumas de tuas responsabilidades, que consiga delegar
suas tarefas, que tenha pessoas de confiança a seu favor que possa contar em
caso de ter que encaminhar pacientes, clientes, entregar um relatório, acessar
e responder a um e-mail urgente, pagar uma conta que vence no dia em que o bebê
resolveu dar boas vindas ao mundo.
Nasceu e agora? 4 meses de licença maternidade meus clientes
vão procurar a concorrência. Não posso perder trabalho.
A partir do momento que você ver seu filho pela primeira
vez, você vai esquecer desta preocupação. E aproveite porque passa muito rápido
este período e que bom que existe e se existe é porque tem sentido. O sentido é
passar os pequenos 4 meses 100% disponível única e exclusivamente para o seu
bem mais precioso. Delegar tarefas? Ainda não faz bem? Desenvolva esta
habilidade, pois é muito importante.
Não me vejo 4 meses sem trabalhar... eu simplesmente digo...
me responde isso depois que seu filho chegar.
Tudo muda! E muda muito... algumas coisas pra melhor e
outras simplesmente pra pior... Ahhhh pra pior? Por que? Imagina... eu também
peço para conversarmos sobre isso depois que seu filho nascer.
A vida conjugal muda, e muito! Por isso o que me foi exposto
lá em cima... eu acrescentaria. Se forme... trabalhe... mas trabalhe muito, se
case... e continue namorando muito, muito mesmo, há já namoraram bastante, mas
namorem mais, viagem mais, transem mais, briguem mais, jantem juntos mais
vezes, saiam pra balada, reúnam os amigos mais vezes que puderem... porque, de
fato tudo muda. Depois sim tenham filhos... e se a crise financeira surgir...
não se preocupe iria vir de qualquer jeito, pois nem as prioridades e escolhas
financeiras são as mesmas.
Nossa Sabrina, mas parece que ter filhos não é uma coisa
boa! Aí está!!! É SIMPLESMENTE A MELHOR COISA DO MUNDO!!! É a realização maior
da vida!!! Pois mesmo com todas essas dificuldades só vai existir uma razão por
tudo o que tu fizer ou não fizer.
Atualmente, me considero bem desenvolvida quanto a
flexibilidade comportamental, graças a Nicole. Embora evolui muito no quesito
delegar tarefas, mas não é uma competência que domino... pois nem todo mundo age
com o mesmo dinamismo e proatividade que eu, então continuo assumindo muita
coisa. Mas me superei neste quesito no âmbito, quanto a compartilhar os
cuidados da Nicole com seu pai e sua avó... não sou uma mãe grudenta e me sinto
bem por isso... eles desempenham muito mais que o papel de pai e avó. Sou mãe,
esposa, psicóloga, consultora, coordenadora de um projeto que é motivo de muito
orgulho e sócia-proprietária - responsável técnica de uma clínica com muitos
projetos novos e serviços multidisciplinares. E garanto, de tudo isso o que
faço melhor é uma tarefa que a pouco menos de 1 ano fui designada: SER MÃE!
Esta é de fato a minha vocação... as demais vou continuar me desenvolvendo.
Com tudo isso, aonde eu quero chegar? Simplesmente que se
você caminhar bem por todos os aspectos emocionais que envolvem a gestação e o
nascimento do seu filho e de você como MÃE. Você não terá que fazer escolhas
radicais e sim escolhas para que sua vida pessoal e carreira profissional
possam conciliar-se. E que se preferir abrir mão de sua carreira você tem a
melhor razão do mundo e não deve se preocupar nem um pouquinho com o que as
pessoas podem pensar!
Feliz dia das mães a todas nós!
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